Em alguns países, como os europeus, a dislexia tem status de deficiência, porém, isso não quer dizer que os disléxicos que vivem nestes países não façam determinadas atividades ou exerçam certas profissões, muito pelo contrário, nesses países, “suas necessidades especiais” têm uma atenção especial das instituições de ensino e empresas.
Em todo o mundo escolas e empresas podem e deve fazer muito para melhorar a vida dos disléxicos. Ações simples, como fixar nomes de funcionários nas portas, entradas de departamentos e crachás, ajudam a minimizar problemas de memória; o uso de um processador de texto, com corretor ortográfico, reduz o tempo e a energia gastas com problemas de grafia e ortografia; e por último, a disponibilização de informação em formas complementares, como em formato de áudio, audiovisual, impressos e diagramas facilitam a compressão e absorção do conteúdo.
É importante lembrar que a dislexia não é uma doença. Na verdade ela (parece) interferi na forma que certas pessoas usam e reconhecem símbolos. Os que sofrem de dislexia tende a ter problemas com leitura, escrita e grafia, que são comuns em crianças e também em adultos disléxicos. Caro leitor, só para exemplificar. - Imagine as dificuldades resultantes de se ter apenas 23 letras para representar 31 fonemas… Este é exatamente o caso da língua portuguesa.
Apesar de todas as dificuldades, os que sofrem de dislexia apresentam uma inteligência e criatividade peculiar.
Texto: Fábio Batista Santos (Mestre em Comunicação pelo Goldsmiths College, University Of London – Reino Unido) – Edição: Wanessa Marçal